Ações de popularização nas escolas entram em nova etapa em outubro

As escolas do campo e urbanas envolvidas com o projeto avançaram em mais uma etapa das ações de popularização da produção rural sustentável e de baixa emissão de carbono. No mês de setembro, a etapa realizada foi a Semear, que tem como objetivo aprofundar a percepção de interdependência e de que tudo está conectado. Neste mês de outubro irão começar as ações da etapa Manejar

A proposta da etapa Semear é oferecer oficinas que aproximem os(as) estudantes do ciclo do plantar e colher, do consumo consciente e dos efeitos das mudanças climáticas, colocando-os(as) como investigadores(as) das várias possibilidades da produção sustentável. No EF, uma das atividades pretende trabalhar a questão da geração de resíduos, seu descarte e reutilização. No EM, outros temas também poderão ser tratados, como a questão da pegada ecológica, práticas com sistemas agroflorestais e bioconstrução.

A facilitadora das ações de capacitação em duas microrregiões de Mato Grosso, Andréa Penha, trabalha com cinco instituições de ensino. Para ela, as atividades levam os alunos a se interessarem mais por práticas sustentáveis e pelo ensino, o que já está dando diferentes e positivos resultados. “Têm alunos que estão participando mais das aulas, exatamente porque eles estão vendo uma possibilidade diferente de se relacionar com as atividades escolares e atividades extraclasses, como o trabalho com a horta”, explica Andréa.

Ao todo, são 45 escolas participantes, localizadas por 13 microrregiões nos 4 estados de atuação do projeto: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Ações de popularização

As ações de popularização da produção rural sustentável em escolas, denominadas de forma simplificada de Ações de Popularização, têm como finalidade sensibilizar estudantes sobre o tema da agropecuária sustentável e de baixa emissão de carbono. As atividades, que são realizadas em formato híbrido (presencial e virtual), consistem em vivências, oficinas, atividades de imersão e de trocas de experiências, com características específicas para cada faixa etária (Ensino Médio e Ensino Fundamental).

Em linhas gerais, pretende-se nutrir nos(as) estudantes (crianças e jovens) o senso de pertencimento à natureza no bioma Cerrado, seu papel na preservação e conservação dos recursos naturais, na promoção da produção rural sustentável e de baixa emissão de carbono e a sua relação com o território, a escola e a comunidade.


Escolas avançam nas missões e trilha de aprendizado das ações de popularização

Neste mês de setembro, as escolas do campo e urbanas envolvidas com o projeto avançam em mais uma etapa das ações de popularização da produção rural sustentável e de baixa emissão de carbono. Além de ensinar as crianças a cuidarem e fazerem a própria horta, as ações de popularização da produção rural já ensinaram os alunos e alunas sobre compostagem, separação de resíduos e reciclagem. 

Ao todo, são 45 escolas participantes, localizadas por 88 microrregiões nos 4 estados de atuação do projeto: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A gerente de empoderamento social, Denise Agustinho, conta um pouco mais sobre a trilha de aprendizado com os alunos e alunas. “A proposta do jogo tem engajado muito a comunidade escolar. Cada etapa cumprida leva outros jovens a se interessarem pelas ações de popularização, mobilizando cada vez mais pessoas nas diferentes atividades”, complementa Denise. 

Etapas com as escolas 

Neste momento, as escolas estão participando das atividades com educomunidores(as) e facilitadores(as) do projeto. Elas começaram em agosto na primeira etapa, Preparar o solo, que tem a proposta de expandir os saberes a respeito da potencialidade do solo e a possibilidade de todo indivíduo poder contribuir com ações sustentáveis para o planeta. As vivências nesta etapa envolvem diferentes temáticas para alunos do Ensino Fundamental (EF) e Ensino Médio (EM). 

Neste mês de setembro, as escolas já finalizaram a segunda etapa, Preparar as sementes, com o foco em mostrar a importância das sementes para a biodiversidade, autonomia, empoderamento do(a) produtor(a) e da comunidade. É um momento de trazer para os(as) estudantes a riqueza da diversidade e a importância de se fazer as melhores escolhas com foco no bem comum. Agora, as escolas estão na etapa do Semear, aprofundando a percepção de interdependência, de que tudo está conectado!

Ações de popularização
As ações de popularização da produção rural sustentável em escolas, denominadas de forma simplificada de Ações de Popularização, têm como finalidade sensibilizar estudantes sobre o tema da agropecuária sustentável e de baixa emissão de carbono. As atividades, que são realizadas em formato híbrido (presencial e virtual), consistem em vivências, oficinas, atividades de imersão e de trocas de experiências, com características específicas para cada faixa etária (Ensino Médio e Ensino Fundamental). 

Em linhas gerais, pretende-se nutrir nos(as) estudantes (crianças e jovens) o senso de pertencimento à natureza no bioma Cerrado, seu papel na preservação e conservação dos recursos naturais, na promoção da produção rural sustentável e de baixa emissão de carbono e a sua relação com o território, a escola e a comunidade.


Disponível resultado do edital de seleção das instituições de ATER para UMs

Está disponível o resultado do Edital de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com foco em sustentabilidade da propriedade e implantação de tecnologias de baixa emissão de carbono nas Unidades Multiplicadoras (UMs). As ATERs selecionadas vão realizar ações de assistência técnica e extensão rural com foco em sustentabilidade da propriedade e implantação de tecnologias de baixa emissão de carbono nas 3.511 Unidades Multiplicadoras (UMs) do PRS – Cerrado. O processo foi exclusivo para as instituições pré-qualificadas do projeto. 

As atividades das ATERs focam na implementação de sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e na recuperação de pastagens degradadas (RPD). O objetivo é contribuir com o desenvolvimento rural sustentável no Cerrado, aumentando a eficiência do uso da terra, a produtividade e o incremento na geração de renda entre os(as) produtores(as).


Sobrevoo do PRS - Cerrado: experiências sul-mato-grossenses

O foco do nosso sobrevoo de hoje é o Mato Grosso do Sul. No estado, atuamos com 4 Microrregiões, 26 municípios e uma área de mais de 95 mil ha de área total de propriedades envolvidas. Nossas atividades acontecem por meio de 44 Unidades Demonstrativas (UDs), 1.144 Unidades Multiplicadoras (UMs) e 13 Organizações Socioprodutivas (OSPs).

Ao todo, contamos com 1.201 produtores e produtoras rurais sul-mato-grossenses que participam e se beneficiam de nossas atividades. Um deles é Wildney Alves, produtor de uma de nossas Unidades Demonstrativas (UDs) da região de Sidrolândia (MS). Ele destaca a importância de colocar em prática todo o conhecimento adquirido por meio do projeto e buscar um rural mais sustentável.

“O PRS-Cerrado tem me trazido muitas expectativas: tudo é muito rico de informações e vivências. Diariamente, nós aprendemos coisas que dão para ser aplicadas no nosso dia a dia e é isso que nós produtores queremos: o conhecimento prático. Isso faz com que a gente vá plantando, cada dia mais, uma agricultura e um mundo mais saudável.”

Esta é a terceira matéria da série especial sobre as nossas atividades em cada um dos quatro estados de atuação: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Se você ainda não leu as primeiras matérias,  clique aqui para saber mais sobre o estado de Goiás e clique aqui para saber mais sobre o estado de Mato Grosso.

Ações de Campo

O objetivo das nossas atividades em campo é articular e fortalecer as redes de parceiros, assim como estreitar as relações com produtores(as) rurais. No estado, a Assistência Técnica de Extensão Rural (ATER) para as UDs é realizada por uma das 27 instituições pré-qualificadas. Até o momento, as ATERs já realizaram 41 visitas nas Unidades Demonstrativas (UDs) do projeto. Além disso,  outra ação importante são os Dias de Campo (DCs). De dezembro de 2021 a agosto de 2022, o PRS - Cerrado  realizou 41 DCs no estado de Mato Grosso do Sul, com uma média de 39 participantes por evento.

Por meio destas ações, o projeto começa a fazer diferenças positivas na vida dos trabalhadores(as) do Mato Grosso do Sul e na conservação do Cerrado. É o que ressalta a Coordenadora Estadual de Campo Fabiana Vasconcellos. "Acredito no desenvolvimento rural sustentável e no potencial que o projeto tem de fazer a diferença para os produtores  e produtoras rurais beneficiários aqui no MS e, além disso, de valorizar e conciliar a produção agropecuária com a conservação do Cerrado sul-mato-grossense, bioma pelo qual tenho muito carinho e respeito."

Saiba mais detalhes sobre nossa atuação no campo: https://www.ruralsustentavel.org/frente-de-atuacao/campo/

Ações de Capacitação

Parte de nossas ações de capacitação é o EaD Introdutório, feito em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho. O curso é aberto para todos(as) que desejam se aperfeiçoar em conceitos envolvendo mudanças climáticas e estratégias de desenvolvimento rural sustentável. Até o momento, 47 sul-mato-grossenses estão inscritos(as) no EaD, dando mais um passo para expandirem os seus conhecimentos.

Pessoas com nível superior que buscam a pós-graduação stricto sensu também podem aprimorar os seus conhecimentos em práticas produtivas sustentáveis por meio do Mestrado Profissional, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA). Outra ação de sensibilização e empoderamento é a popularização da produção rural sustentável nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. No estado, 14 escolas participam destas atividades, sendo 71% delas rurais e 29% urbanas.

Confira mais detalhes sobre nossa frente de capacitação: https://www.ruralsustentavel.org/programa-de-capacitacao/ 

Ações de Pesquisa

No estado, desenvolvemos ações com 10 projetos de pesquisa e investimento de recursos na ordem de mais de R$ 1 milhão de reais. Por um lado, temos as Pesquisas Direcionadas, que contam com a expertise da Embrapa, e possuem o objetivo de realizar diversos estudos, que envolvem potenciais de mitigação de GEE por meio da implantação dos sistemas de integração a índices de desmatamento evitado, assim como tantas outras. Por outro, por meio de editais, atuamos em conjunto com outras instituições de ensino e pesquisa, como a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Instituto Federal do MS (IFMS); Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e Embrapa Solos.

Veja os detalhes no nosso site: https://www.ruralsustentavel.org/frente-de-atuacao/pesquisas/

Ações de Finanças Verdes

Em Mato Grosso do Sul, foram realizadas oficinas de estudos sobre incentivos fiscais, tributários e creditícios para agropecuária de baixa emissão de carbono. Além disso, contamos com a certificação da produção, que também é um dos braços de atuação do projeto na área de Finanças Verdes. Até o momento, todas as 44 UDs de Mato Grosso do Sul receberam técnicos (ATECs), que aplicaram um primeiro diagnóstico, avaliando a propriedade como um todo e sua proximidade com os esquemas de certificação considerados  promissores para a região.

O conceito da certificação aproxima nossos atores rurais a boas práticas de gestão e produção, com base em padrões mundiais de sustentabilidade. Quem realiza esse contato em campo são os Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs), que em Mato Grosso do Sul são mais de uma dezena. Para qualificar as ações do projeto, todos(as) os(as) ATECs participaram dos cursos de 6 esquemas de certificação: FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal), Rainforest Alliance (Aliança para Floresta Tropical), Certifica Minas, Carne Carbono Neutro (CCN), Orgânicos Brasil e RTRS (Round Table on Responsible Soy ou Associação Internacional de Soja Responsável).

Sobre o Projeto

Somos resultado de uma Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica e a Associação Rede ILPF pelo apoio técnico.


Conheça o Raízes do Cerrado, o novo podcast do projeto

O PRS - Cerrado lança, neste mês, o podcast Raízes do Cerrado, trazendo as principais características e importância da savana mais biodiversa do mundo. O podcast está disponível nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Deezer e Amazon Music.

Escute agora mesmo: 

O engenheiro florestal e coordenador de Finanças Verdes do PRS - Cerrado, Leandro Farias, é um dos convidados do Raízes. Ele fala um pouco sobre as características que tornam o bioma tão importante e as iniciativas que ajudam na recuperação das áreas degradadas e na conservação da biodiversidade do bioma.

“O cerrado tem grande conexão com os demais biomas brasileiros e recebe o título de “berço das águas”. Isso por abastecer seis das oito grandes bacias hidrográficas existentes no Brasil. Quando fazemos uma boa gestão dos recursos hídricos e da paisagem, podemos ter muitas oportunidades para recuperar áreas atualmente improdutivas, implantar e ampliar novas áreas.”

Venha conhecer o Cerrado de uma outra forma

No Raízes do Cerrado, você conhece o bioma de uma outra forma, além de se aprofundar nas ações do PRS - Cerrado para aumento da produtividade agropecuária sustentável, por meio de tecnologias de baixa emissão de carbono. Para isso, você escutará informações pertinentes de especialistas no assunto e depoimentos de produtores e produtoras que se beneficiam destas ações.

O Cerrado está presente em 11 estados brasileiros, sendo 4 deles áreas de atuação do projeto: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Ao todo são 101 municípios beneficiados no bioma.


PRS - Cerrado realiza reunião de monitoramento das pesquisas direcionadas

No início do mês de setembro, o projeto realizou a Reunião de Apresentação de Resultados, Monitoramento e Ajustes das Pesquisas, no formato virtual. O objetivo da reunião foi apresentar e discutir os resultados preliminares das Pesquisas Direcionadas, assim como as entregas e produtos, a metodologia e os objetivos das pesquisas apoiadas, visando possíveis ajustes para maior aderência ao projeto e seus objetivos. Em um segundo momento, serão debatidas também as pesquisas contempladas pelo Edital de Pesquisa & Desenvolvimento.

Ao todo, o encontro contou com 35 participantes, entre eles, coordenadores(as) e pesquisadores(as) da equipe de pesquisas, e representantes do IABS, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Governo do Reino Unido.

“Essa reunião constitui um encontro bem relevante para o PRS - Cerrado, pois permite um melhor acompanhamento das pesquisas pelos parceiros institucionais, possibilitando a criação de sinergias com outras iniciativas, principalmente o ABC+, assim como com outras ações do projeto”, destaca a Coordenadora de Gestão Operacional, María Suárez. 

Frente de Pesquisas

Atualmente o PRS - Cerrado apoia um total de 13 projetos de Pesquisa Direcionada, desenvolvidos pela Embrapa, com o intuito de responder a determinadas metas específicas do projeto no que diz respeito à agropecuária de baixa emissão de carbono, como mitigação de gases de efeito estufa (GEE) e desmatamento evitado.


Saiba como foram os DCs de Agosto

No mês de agosto, tivemos 28 eventos dos nossos Dias de Campo (DC) do PRS-Cerrado. Os eventos ocorreram em 27 Unidades Demonstrativas (UDs) do projeto, nos quatro estados de atuação: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Ao todo, participaram mais de 1200 pessoas, dentre produtores e produtoras rurais, representantes de organizações socioprodutivas, técnicos(as) e instituições de ATER, palestrantes qualificados, além das instituições que nos apoiam localmente.

“Foi muito produtivo. Ele mostrou a técnica dos dois tipos de capim que ele usa, que é o Kurumi e o Capiaçu. Mostrou para nós o manejo, a qualidade do gado dele, como ficou a cobertura do solo e tivemos participação da ATER, trazendo as informações pertinentes a produção” compartilha Alessandro Klinger, produtor da Unidade Multiplicadora (UM) de Monte Alegre de Minas (MG). 

Sinergia: Mestrado Profissional e Dia de Campo

Na terça-feira (30), o PRS - Cerrado realizou a terceira aula presencial do Mestrado Profissional, realizado em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA). O encontro foi sucedido por um Dia de Campo na quarta-feira (31), onde estavam presentes os alunos e alunas do Mestrado, além de representantes da Embrapa e da equipe de campo do projeto na sede da Embrapa Gado de Corte em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O evento também contou com produtores(as) das Unidades Demonstrativas (UD) e do estado.

Durante o evento, houve palestra sobre sistemas integrados, como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), além de uma visita guiada às tecnologias do local. Ao final do encontro, além da certificação, os convidados e convidadas também participaram de um almoço e uma roda de conversas sobre a experiência.

“Os Dias de Campo têm complementado, de forma teórica e prática, a formação dos estudantes do Mestrado Profissional. Além da oportunidade de apresentar, na prática, os sistemas de integração e ouvir especialistas, é uma atividade que integra duas frentes do projeto e suas equipes, uma atividade de colaboração e cooperação entre equipes”, explica Raquel Caribé, Gerente do Mestrado Profissional do projeto.

Esta foi a terceira aula presencial do Mestrado Profissional. Serão quatro aulas ao todo, uma em cada estado de atuação do PRS - Cerrado: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.


Dia do Cerrado: savana mais biodiversa do planeta e o berço das águas do Brasil

Neste último domingo (11), celebramos o dia do Cerrado. Localizado no Planalto Central do país, o bioma está presente em 11 estados, abrangendo quase um quarto da área brasileira, tendo uma extensão territorial de 2 milhões de quilômetros quadrados. E para vocês terem uma ideia, a área equivale ao tamanho dos países Portugal, Espanha, França e Itália juntos! 

O bioma também é considerado o berço das águas no Brasil, sendo estratégico para a manutenção dos recursos hídricos na América do Sul devido às cabeceiras dos rios que alimentam as principais bacias hidrográficas do subcontinente. Em relação à geração de energia, o Cerrado responde por aproximadamente 19% da produção hidrelétrica brasileira. 

O título de savana mais biodiversa do planeta também não é à toa… das dez mil espécies de plantas catalogadas no Cerrado, cerca de quatro mil são endêmicas, ou seja, existem apenas no bioma. Podemos ver a mesma biodiversidade na fauna, das quase 1.200 espécies de animais catalogadas, 117 só existem no Cerrado. 

E o PRS - Cerrado tem o compromisso de contribuir na conservação deste bioma tão importante! Buscando evitar o desmatamento ilegal, por meio do aumento da produtividade no uso da terra e diminuição da pobreza no campo, o projeto promove práticas produtivas sustentáveis e usa tecnologias de baixa emissão de carbono que contribuem para a mitigação das emissões de efeito estufa, ao mesmo tempo que aumentam a renda de produtores e produtoras rurais. 

E existe alguém melhor para falar destas tecnologias do que os próprios produtores e produtoras que se beneficiam desta agropecuária mais sustentável? José Geraldo Pereira, de Orizona (GO), é um desses produtores:

“É por meio do manejo sustentável de rotação de cultura de sistema de agropecuária em sistema de agrofloresta, que mostra muito para gente como produzir no solo, como deixar uma qualidade para o solo e deixar uma qualidade de vida. Esse é um projeto que a gente acredita que vai ajudar muito na recuperação do nosso solo e na sua qualidade. Então a gente tem que trabalhar muito visando o meio ambiente, que é ele que vai dar uma qualidade de vida e de produção para todos nós”, compartilha Seu José. 

Para celebrar esta data, teremos novidades ao longo desta semana! Continuem nos acompanhando. 


Estão abertas as inscrições para a 2ª turma do Mestrado Profissional

Já está disponível, no site da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o edital para o processo seletivo da segunda turma do Mestrado Profissional em Mudanças Climáticas e Agropecuária de Baixa Emissão de Carbono. As inscrições estão abertas até o dia 16 de outubro e o processo seletivo é exclusivo para os interessados e interessadas que já realizaram a pré-inscrição no site do Programa de Capacitação e têm a Declaração de Aptidão.

Para mais informações, acesse: 

Saiba como retirar sua Declaração de Aptidão pelo: https://bit.ly/mestrado-prof

O que é o Mestrado profissional? 

Uma das principais ações do Programa de Capacitação é o Mestrado Profissional, em parceria com a Universidade Federal de Lavras – referência no Brasil na área de Ciências Agrárias. É uma das formas de deixarmos um legado para o campo, com formação profissionalizante e técnica de alto nível! 

O mestrado é voltado exclusivamente para o público-alvo do PRS - Cerrado: produtores(as) rurais, Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs), membros de Organizações Socioprodutivas (OSPs), gestores(as) públicos(as) e demais interessados(as) em ampliar o conhecimento sobre práticas produtivas sustentáveis e de baixa emissão de carbono! 


Sobrevoo do PRS - Cerrado: a vivência mato-grossense

Hoje falamos sobre o Mato Grosso. No estado, atuamos com 3 Microrregiões, 25 municípios e uma área de mais de 155 mil ha de área total de propriedades envolvidas. Nossas atividades acontecem por meio de 32 Unidades Demonstrativas (UDs), 845 Unidades Multiplicadores (UMs) e 10 Organizações Socioprodutivas (OSPs).

Ao todo, contamos com 887 produtores e produtoras rurais mato-grossenses que participam e se beneficiam de nossas atividades. Um deles é José Aparecido Daguano Ferrario, produtor da Fazenda Paulista, uma de nossas Unidades Demonstrativas (UDs) da região de Jaciara (MT). Ele destaca a importância do projeto para superar desafios no campo e dar assistência que atendam futuras exigências do mercado rural.

“O Projeto Rural Sustentável - Cerrado está sendo de extrema importância para todos nós, ele nos mostra que é possível encarar todos os desafios no meio rural, nos apresentando possíveis soluções para o cotidiano do produtor e possibilitando troca de experiências que superam as distâncias do estado. Gostaria de expressar aqui a minha gratidão por tudo e por todos.”

Esta é uma continuidade à nossa série especial de matérias sobre nossas atividades em cada um dos quatro estados de atuação: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Se você ainda não leu a primeira matéria sobre o estado de Goiás, clique aqui.

Ações de Campo

Nossas atividades em campo visam articular e fortalecer as redes de parceiros, assim como estreitar as relações com produtores(as) rurais. No estado, a Assistência Técnica de Extensão Rural (ATER) para as UDs é realizada por uma das 49 instituições pré-qualificadas. Até o momento, as ATERs já realizaram 64 visitas nas Unidades Demonstrativas do projeto. Além disso,  outra ação importante são os Dias de Campo (DCs). De dezembro de 2021 a julho de 2022, o PRS - Cerrado  realizou 36 DCs no estado de Mato Grosso, com uma média de 43 participantes por evento.

A Coordenadora Estadual Renata Taques ressalta que o Mato Grosso possui desafios territoriais e regulatórios, mas que o Projeto chegou como uma iniciativa promissora para o estado. “O campo necessita do nosso olhar e os produtores e produtoras rurais carecem do conhecimento e assistência técnica qualificada que estão sendo oferecidos pelo projeto, seja com ações presenciais como a ATER e os dias de campo, bem como as atividades de ensino a distância. Tem sido gratificante fazer parte do trabalho e ver o sorriso no rosto de cada pessoa!”

Saiba mais detalhes sobre nossa atuação no campo: https://www.ruralsustentavel.org/frente-de-atuacao/campo/

Ações de Capacitação

O EaD Introdutório, parte de nossas ações de capacitação, feito em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho, é aberto para todos(as) que desejam se aperfeiçoar em conceitos envolvendo mudanças climáticas e estratégias de desenvolvimento rural sustentável. Até o momento, 34 mato-grossenses estão inscritos(as) no EaD, dando mais um passo para expandirem os seus conhecimentos.

No Mestrado Profissional, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), pessoas com nível superior buscam a pós-graduação stricto sensu para aprimorar os seus conhecimentos em práticas produtivas sustentáveis. A engenheira agrônoma Raimunda de Mello, do município de Barra do Garças (MT), é uma dessas estudantes.

“O cenário climático atual exige profissionais bem preparados para disseminar práticas produtivas sustentáveis e uma agropecuária de baixa emissão de carbono. Esse mestrado chegou trazendo a possibilidade de aprender e renovar o conhecimento sobre o impacto das mudanças climáticas na agropecuária e ajudar na difusão do conhecimento com base científica”, destaca Raimunda.

Outra ação de sensibilização e empoderamento é a popularização da produção rural sustentável nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. No estado, 11 escolas participam destas atividades, sendo 36% delas rurais e 55% urbanas.

Confira mais detalhes sobre nossa frente de capacitação: https://www.ruralsustentavel.org/programa-de-capacitacao/ 

Ações de Pesquisa

No estado, desenvolvemos ações com 10 projetos de pesquisa e investimento de recursos na ordem de mais de R$ 1 milhão de reais. Por um lado, temos as Pesquisas Direcionadas, que contam com a expertise da Embrapa, e possuem o objetivo de realizar diversos estudos, que envolvem potenciais de mitigação de GEE por meio da implantação dos sistemas de integração a índices de desmatamento evitado, assim como tantas outras. Por outro, por meio de editais, atuamos em conjunto com outras instituições de ensino e pesquisa, como Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS),  Instituto Federal do MS (IFMS) e Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

Veja os detalhes: https://www.ruralsustentavel.org/frente-de-atuacao/pesquisas/ 

Ações de Finanças Verdes

No estado foram realizadas oficinas de estudos sobre incentivos fiscais, tributários e creditícios para agropecuária de baixa emissão de carbono. Além disso, contamos com a certificação da produção, que também é um dos braços de atuação do projeto na área de Finanças Verdes. Até o momento, todas as 32 UDs de Mato Grosso receberam técnicos (ATECs), que aplicaram um primeiro diagnóstico, avaliando a propriedade como um todo e sua proximidade com os esquemas de certificação considerados  promissores para a região.

O conceito da certificação aproxima nossos atores rurais a boas práticas de gestão e produção, com base em padrões mundiais de sustentabilidade. Quem realiza esse contato em campo são os Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs), que em Mato Grosso são mais de uma dezena. Para qualificar as ações do projeto, todos(as) os(as) ATECs participaram dos cursos de 6 esquemas de certificação: FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal), Rainforest Alliance (Aliança para Floresta Tropical), Certifica Minas, Carne Carbono Neutro (CCN), Orgânicos Brasil e RTRS (Round Table on Responsible Soy ou Associação Internacional de Soja Responsável).

Sobre o Projeto

Somos resultado de uma Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica e a Associação Rede ILPF pelo apoio técnico.