Desenvolvidas em Unidades de Referência Tecnológica e de Pesquisa da Embrapa (URTPs) e em Unidades Demonstrativas (UDs) do PRS – Cerrado, além do envolvimento das Unidades Multiplicadoras (UMs), as Pesquisas Direcionadas já iniciaram suas atividades. São quase R$ 9 milhões investidos pelo projeto em 13 pesquisas, que envolvem mais de 140 pesquisadores(as), analistas e técnicos(as). ”As Pesquisas Direcionadas tiveram origem por meio de uma oficina com vários(as) pesquisadores(as) da Embrapa que são considerados(as) referência nos três eixos centrais do PRS-Cerrado. Foram avaliados temas prioritários para a região de estudo e posteriormente  selecionados aqueles que estavam alinhados com as metas do projeto”, diz Marcella Vidal, coordenadora de Pesquisa do PRS – Cerrado.

Essas 13 pesquisas são agrupadas em 5 grandes grupos: IoT (internet das coisas); Avaliação econômica; Desmatamento evitado; Nexus água-energia-alimentação / MRV (Monitoramento, Registro e Verificação) e Sistemas de produção por meio das URTPs. Cada um desses temas majoritários apresenta uma série de linhas de pesquisa, sempre com foco nos benefícios sustentáveis para o público-alvo e com a preocupação do PRS – Cerrado em repassar o conhecimento para a sociedade de forma acessível. “Trata-se de grandes grupos guarda-chuva. Por meio deles, conseguiremos mensurar algumas das grandes metas do projeto. Por exemplo, para medir a mitigação de gases de efeito estufa (GEE) que será alcançada por meio do PRS – Cerrado, vamos trabalhar com a integração de dados gerados por essas diversas pesquisas”, exemplifica Vidal. 

Avaliação econômica
No âmbito da Avaliação econômica, com vista ao apoio e suporte econômico a produtores(as), pode-se destacar a avaliação do impacto regional da intensificação sustentável da produção rural, a aplicação de modelos a partir da verificação de preços, uso da terra e ambiente, e cenários futuros de expansão, competitividade e sustentabilidade para a agropecuária brasileira. 

IoT
Já na Internet das coisas (IoT), os temas seguem pelo caminho do desenvolvimento de tecnologias em conexão com o(a) produtor(a), como por exemplo, redes de sensores para identificação automatizada de animais, alertas de controle de pragas por redes de estações meteorológicas, e modelos de projeção da produtividade da pastagem e da ingestão de forragem pelos animais. 

Desmatamento evitado
Dentro do tema do Desmatamento evitado, o norte é estimar o desmatamento evitado e os valores de bens ecossistêmicos gerados e produzidos no bioma Cerrado. Desta forma será possível auxiliar no direcionamento de políticas e investimentos para áreas com alto risco de desmatamento ou com potencial para desenvolvimento de serviços ecossistêmicos.

Nexus água-energia-alimentação
Em outra frente, a abordagem Nexus atua de maneira conjunta com o MRV. Assim, será possível analisar as inter-relações entre os recursos água, alimento e energia, buscando aumento de produtividade e não comprometendo a segurança quanto ao acesso desses recursos, bem como permitir que os dados coletados em diferentes escalas (local e regional) sejam compatíveis entre si.

Sistemas de produção
Por fim, as pesquisas relacionadas aos Sistemas de produção são desenvolvidas nas URTPs, que correspondem a fazendas onde a Embrapa desenvolve estudos de ponta sobre as tecnologias apoiadas pelo PRS – Cerrado. Nessas pesquisas serão estudadas diferentes áreas relacionadas com a produção – balanço de carbono em sistemas ILPF, avaliação do desempenho animal, qualidade do solo, dentre outros. Esses ensaios buscam o apoio técnico científico para responder os desafios da agropecuária de baixa emissão de carbono.

As Pesquisas Direcionadas ocorrem simultaneamente ao Edital de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do PRS – Cerrado, que recentemente selecionou 20 projetos voltados para temas prioritários de estudo nas temáticas de Sustentabilidade na Produção Agropecuária,  Agricultura de baixa emissão de Carbono e também de Inovações Tecnológicas e de Mercado.

Sobre o PRS – Cerrado

O PRS – Cerrado é financiado pela Cooperação Técnica BR-T1409 aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com recursos oriundos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) é responsável pela execução e administração técnica, financeira e fiduciária do projeto (Convênio BID – IABS ATN/LC-1708-BR). A Associação Rede ILPF, por meio da Embrapa, é a responsável pela coordenação científica e apoio às demais atividades executivas do projeto.